Brasil aprova trigo transgênico enquanto temores de oferta de alimentos ajudam a convencer céticos

Brasil aprova trigo transgênico enquanto temores de oferta de alimentos ajudam a convencer céticos

O Brasil aprovou o cultivo e a venda de trigo geneticamente modificado tolerante à seca, um grande impulso para a cultura outrora tabu, já que os temores de abastecimento global de alimentos e o clima seco regional aumentam a atração dos transgênicos. A aprovação, divulgada pela agência de biossegurança CTNbio, torna o Brasil a segunda nação depois da Argentina a aprovar a cepa de trigo HB4 da Bioceres (BIOX.O) para cultivo. Outros mercados o aprovaram para consumo. googletag.cmd.push(function() { googletag.display('agk_14000_pos_3_sidebar_mobile'); }); googletag.cmd.push(function () { googletag.display('agk_14000_pos_4_conteudo_desktop'); }); A Bioceres disse em comunicado na sexta-feira que a aprovação significa "abrir o mercado brasileiro para a tecnologia", acrescentando que isso ajudará a facilitar a comercialização da cepa na Argentina. Os dois países dominam a produção de trigo da América do Sul. A empresa de genética vegetal Tropical Melhoramento e Genetica, sócia no Brasil da argentina Bioceres, fez o pedido de aprovação. BOAS VINDAS CALOROSAS A Abimapi, associação que representa fabricantes de biscoitos, massas, pães e bolos no Brasil, disse que a aprovação pode aumentar o abastecimento interno, o que pode reduzir os custos da indústria. A associação era contra a adoção do trigo transgênico anteriormente, mas mudou sua posição depois que uma pesquisa que encomendou mostrou que mais de 70% dos brasileiros não se importaria de consumir produtos que o contenham. googletag.cmd.push(function() { googletag.display('agk_14000_pos_4_conteudo_mobile'); }); O Brasil tem cultivado trigo doméstico usando plantas convencionais adaptadas às condições climáticas locais, mas ainda depende do fornecedor Argentina para importações consideráveis. O Brasil planta cerca de 3 milhões de hectares (741.316 acres) com trigo, principalmente em estados do sul como Rio Grande do Sul e Paraná. O trigo tolerante à seca pode atrair os agricultores daquela região, onde culturas como milho e soja enfrentam escassez de água. Na Argentina, a seca desde o ano passado cortou a safra de trigo pela metade. A Bioceres disse que seu trigo transgênico "apresentou rendimentos mais altos do que as variedades convencionais em todos os ambientes, com uma melhoria média de rendimento de 43% nos ambientes-alvo". Em novembro de 2021, o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a permitir a importação de farinha feita com trigo GM. A Abitrigo, grupo da indústria de moagem de farinha do Brasil, também elogiou a decisão, dizendo que ela resolve "o risco de conflitos regulatórios" porque a aprovação da importação de farinha foi concedida antes que o uso do trigo HB4 da Bioceres fosse efetivamente liberado no país. “A aprovação para plantio, importação e comercialização de trigo transgênico resolve essa questão, trazendo tranquilidade aos diversos atores do mercado”, disse a Abitrigo em nota. "A palavra final caberá aos consumidores."   googletag.cmd.push(function() { googletag.display('agk_14000_pos_5_sidebar_mobile'); }); googletag.cmd.push(function () { googletag.display('agk_14000_pos_6_conteudo_desktop'); });



FONTE: AGROLINK