Risco para queda de GRANIZO
Na sexta-feira o núcleo de baixa pressão do ciclone extratropical terá a sua maior aproximação com a parte continental do Brasil. Este sistema estará posicionado na costa nordeste do Rio Grande do Sul e deve resultar em condições extremas na região.
Avaliando o resultado da composição de diversas projeções, os valores previstos superam os 138 mm no decorrer das 24 horas de sexta-feira. Com alguns dos modelos indicando até 200 mm pontualmente. Um dos fatores que está contribuindo neste cenário é o reforço de umidade que o ciclone vem recebendo do oceano.
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Outro alerta para a região é em relação aos ventos costeiros. As rajadas devem soprar com intensidade de 80 a 110 km/h na costa norte do Rio Grande do Sul e costa sul de Santa Catarina, com atenção para as áreas de cima da serra.
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Apesar do ciclone provocar as maiores influências na região Sul, uma frente fria remanescente do fenômeno deverá levar alguns temporais para a região Sudeste. Essa combinação de instabilidades com uma atmosfera mais fria, pode resultar em queda de granizo no Vale do Paraíba, Sudeste de Minas e Rio de Janeiro. A condição acende um alerta para os produtores de café da região.
Já nas demais regiões do Brasil, as condições de chuvas são menores e restritas ao extremo norte da região norte e costa do nordeste.
Veja o mapa e a previsão por região na sequência
Região Norte
O amanhecer ainda terá temperaturas mais baixas no AMACRO, mas com valores maiores do que os registrados nos dois últimos dias. Com o avanço do ar mais frio, as condições de chuvas diminuem na metade oeste da região, confinando ainda mais as instabilidades no extremo norte como em Roraima e no Baixo Amazonas (PA). Na metade sudeste, além do tempo mais seco, as temperaturas seguem elevadas (acima dos 34°C) e com índices de umidade que devem beirar os 20% no Tocantins, diminuindo a disponibilidade de umidade para as lavouras.
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Região Nordeste
Os ventos oceânicos seguem atuando na região, mantendo as condições de chuvas no leste e norte do Nordeste. Em relação aos últimos dias, a previsão indica uma redução nos volumes de chuvas no SEALBA, ao passo que na metade norte do Maranhão os acumulados variam entre os 5 e 15 mm com chuvas passageiras que podem surgir a qualquer momento. A situação segue crítica no interior da região, com áreas de restrição hídrica avançando até o sul do Maranhão.
Região Centro-Oeste
As chuvas do ciclone extratropical, se afastam, mas um ramo de instabilidades ficou para trás e deve provocar chuvas ao norte do Mato Grosso do Sul e no leste de Goiás. As chuvas devem ser fracas e passageiras, sem previsão de alguma recuperção hidrica significativa nas lavouras de Goiás. O frio ainda persiste na região, mantendo o período da tarde com temperaturas mais amenas no oeste e sul do centro-oeste. Por outro lado, o bloqueio atmosférico garante o céu limpo e as altas temperaturas na metade norte de Mato Grosso e de Goiás.
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Região Sudeste
O ciclone se afasta em direção ao sul do país, mas uma frente fria remanescente do sistema, avança para a parcela central da região. Assim, as condições de chuvas são elevadas na metade sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Além disso, com a atmosfera mais fria e as instabilidades fortes o suficiente, há condições para queda de granizo em algumas áreas produtoras de café do leste Mineiro e região montanhosa do Rio de Janeiro. Já ao norte de Minas, as condições seguem sob o domínio do bloqueio atmosférico, mantendo o tempo seco e quente.
Região Sul
O ciclone ainda atuará na região no decorrer desta sexta-feira, com a maioria das projeções indicando o pico de intensidade do sistema. O resultado disso será extremos de precipitação, com chuvas que podem superar os 120 mm na grande região de Osório (RS), além da forte atuação dos ventos costeiros com rajadas entre os 80 e 110 km/h desde Palmares do Sul (RS) até a região metropolitana de Florianópolis (SC). Essas condições extremas ficam restritas às áreas do nordeste do Rio Grande do Sul e sul de Santa Catarina. No sudoeste Gaúcho, norte Catarinense, leste e norte do Paraná, as condições de chuvas são bem menores, mas com uma grande variação de nebulosidade.
Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Aline Merladete
FONTE: AGROLINK