Um dia de verão no inverno. ATÉ QUANDO?

Um dia de verão no inverno. ATÉ QUANDO?

Nesta quarta-feira (16/08) o tempo terá a grande influência de uma massa de ar quente e seco em praticamente todo o território nacional. O calor será a regra do dia desde áreas da região Norte, interior do Nordeste até áreas da região Sul.  Esse calor incomum, pode inclusive resultar em temporais típicos de verão. Que são aquelas chuvas ocasionadas pela forçante termodinâmica – forte calor e umidade no ar – resultando em pancadas de chuva na forma de trovoadas com curtíssima duração.  O setor com as maiores condições para o registro dessas instabilidades é o estado do Paraná no período da tarde. Outras áreas com condições de chuvas se concentram na costa leste do Brasil, entre o Sudeste e o Nordeste. As chuvas acontecem, mas de forma fraca, isolada e passageira, resultando em volumes entre os 3 e 12 mm nas áreas mais úmidas.  googletag.cmd.push(function() { googletag.display('agk_14000_pos_3_sidebar_mobile'); }); googletag.cmd.push(function () { googletag.display('agk_14000_pos_4_conteudo_desktop'); }); Até mesmo a região Norte deve registrar uma redução no volume de chuvas, se comparado a média histórica e aos registros dos dias anteriores. Efeitos no campo. Grande parte das lavouras do Brasil estão passando pelos estádios de maturação e entrando na colheita. O tempo seco e firme favorece a secagem natural dos grãos e também as operações em  campo. Contudo, as lavouras que foram plantadas no final da janela de plantio, estão em estádios mais sensíveis à falta de chuvas. Outro ponto que merece atenção, é a umidade do solo e a disponibilidade de água no solo, principalmente nas áreas que estão iniciando os preparativos para a semeadura da safra 23/24. Veja o mapa e a previsão por região na sequência Região Norte Tempo firme e quente na metade sul da região Norte. Mesmo em setores com previsão de chuvas, os volumes devem ser baixos como no extremo norte do Amazonas e Roraima. Essa tendência, mesmo que esperada para a época do ano, vem apresentando chuvas abaixo da média histórica. Já em setores da metade sul, além da redução das chuvas, as temperaturas estão acima da média do período. Esse calor vem acompanhado de baixos índices de umidade também, o que reduz a disponibilidade de água no solo.  googletag.cmd.push(function() { googletag.display('agk_14000_pos_4_conteudo_mobile'); }); Região Nordeste As condições de chuvas seguem elevadas em setores do leste do Nordeste, apesar das projeções indicarem uma redução nos volumes previstos, com chuvas entre os 3 e 7 mm nas áreas mais úmidas. Por outro lado, em áreas do oeste da Bahia, Maranhão, Piauí e Ceará, o predomínio é de tempo limpo, temperaturas elevadas e baixos índices de umidade do ar. Condição que vem limitando o potencial produtivo das regiões produtoras, especialmente o milho e feijão em áreas distantes do litoral.  Região Centro-Oeste A previsão indica uma redução da cobertura de nuvens na região, reduzindo também as condições de chuvas que já eram baixas. Portanto, o destaque para o Centro-Oeste vai para as temperaturas elevadas e os baixos índices de umidade do ar. A condição vem contribuindo para a secagem natural dos grãos, além das operações da colheita. Contudo, mantém os níveis de umidade no solo baixos para algum manejo mais específico.  googletag.cmd.push(function() { googletag.display('agk_14000_pos_5_sidebar_mobile'); }); googletag.cmd.push(function () { googletag.display('agk_14000_pos_6_conteudo_desktop'); }); Região Sudeste As chuvas associadas à presença de uma frente fria no oceano, avançam em áreas do nordeste da região, mantendo o tempo mais encoberto, com chuvas fracas e pontuais em áreas do nordeste de Minas Gerais e Espírito Santo. Os volumes nessas regiões variam entre os 5 e 15 mm, o que vem atrapalhando a finalização da colheita e secagem dos grãos de café. Nas demais localidades, volta a predominar o céu limpo, temperaturas elevadas e baixos índices de umidade do ar.  Região Sul As condições na região são de tempo firme com aquecimento em todos os setores. Inclusive este aquecimento mais forte, sobre o Paraná, deve resultar em algumas instabilidades termodinâmicas – trovoadas isoladas, muito semelhantes às chuvas de verão. Essas chuvas devem surgir entre a tarde e noite, de maneira muito irregular, mas com potencial para serem localmente fortes, mas de curtíssima duração. Em relação às temperaturas, o frio perde quase toda a sua intensidade, apenas algumas localidades no alto da serra e planalto catarinense podem amanhecer com registros entre os 4 e 6°C, sem condições para geadas expressivas.

Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Aline Merladete.

FONTE: AGROLINK