Trigo CBOT sofre queda

Trigo CBOT sofre queda

As cotações do trigo, em Chicago, fecharam esta primeira semana de setembro em US$ 5,71/bushel (dia 07/09), contra US$ 5,73 uma semana antes. A média de agosto  fechou em US$ 6,13, ou seja, 9,4% abaixo da média de julho. Lembrando que a média de agosto de 2022 foi de US$ 7,84/bushel. Isso significa que o bushel de trigo, em Chicago, fechou agosto/23 com valor médio 21,8% abaixo do valor médio alcançado  um ano antes.  googletag.cmd.push(function() { googletag.display('agk_14000_pos_3_sidebar_mobile'); }); googletag.cmd.push(function () { googletag.display('agk_14000_pos_4_conteudo_desktop'); }); Dito isso, o trigo de primavera, nos EUA, no dia 03/09, apresentava 74% da área  colhida, contra 77% na média histórica para esta data. Lembrando que o trigo de  inverno já está colhido há algumas semanas.  Ao mesmo tempo, na semana encerrada em 31/08, os EUA embarcaram 299.862 toneladas de trigo, ficando pouco acima do limite inferior esperado pelo mercado. Com isso, no atual ano comercial, iniciado em 1º de junho para o trigo, os embarques estadunidenses do grão chegam a 4,33 milhões de toneladas, isto é, 24% a menos do  que no mesmo período do ano anterior.  Pelo lado da demanda internacional, o Egito anunciou a compra de 500.000 toneladas  de trigo russo nesta última semana. O preço médio da tonelada teria sido ao redor de  US$ 270,00 em uma base CIF. E na Austrália, a previsão de safra foi diminuída em 800.000 toneladas, ficando agora em 25,4 milhões de toneladas, devido aos efeitos climáticos que por lá ocorrem. A  Austrália é um grande exportador, fornecendo grãos para importadores como China, Indonésia e Japão. A produção de trigo de inverno, na Austrália, deverá cair 36% na comparação com o ano anterior, ficando 4% abaixo da média de 10 anos. Já a produção de cevada cairá 26%, para 10,5 milhões de toneladas, 6% abaixo da média de 10 anos. E a produção de canola, naquele país da Oceania, cairá 38%, para 5,2  milhões de toneladas, mas permanecerá bem acima da média de 10 anos.  googletag.cmd.push(function() { googletag.display('agk_14000_pos_4_conteudo_mobile'); }); E na Argentina, ao contrário dos estragos provocados no sul do Brasil, as chuvas  recentes vieram em boa hora, aliviando o estresse hídrico que as lavouras de trigo vinham enfrentando. E as previsões são animadoras no lado argentino na medida em que mais chuvas são previstas neste mês de setembro. A umidade é ansiosamente aguardada pelos produtores, que estão buscando se recuperar após uma seca histórica que causou perdas enormes nos últimos anos, especialmente em 2022/23. E no Brasil, os preços do trigo continuam com viés de baixa, apesar de leve  recuperação em algumas praças nesta semana. A média gaúcha fechou a semana em  R$ 59,69/saco, enquanto nas principais praças locais o produto foi negociado entre R$  56,00 e R$ 60,00/saco. Já no Paraná os preços caíram para R$ 52,00/saco. No ano  passado, nesta época, a média gaúcha do cereal era de R$ 94,56/saco e no Paraná os preços oscilavam entre R$ 98,00 e R$ 100,00/saco. Ou seja, nos dois maiores Estados  produtores de trigo do país, os preços do cereal, nos últimos 12 meses, recuaram entre 37% (para a média gaúcha) e quase 50% (para a média do Paraná).  googletag.cmd.push(function() { googletag.display('agk_14000_pos_5_sidebar_mobile'); }); googletag.cmd.push(function () { googletag.display('agk_14000_pos_6_conteudo_desktop'); }); O destaque semanal é para as perdas ocorridas no Rio Grande do Sul devido as  últimas geadas e, mais recentemente, ao excesso de chuvas com enchentes significativas em algumas regiões do Estado. Estas perdas ainda não foram contabilizadas, porém, considerando ainda a tendência de clima chuvoso para o restante de setembro e outubro, é certo que a safra gaúcha não será mais no volume  projetado. Pelo menos no que diz respeito ao produto de qualidade. Já era previsível  desde que a meteorologia anunciou a chegada do fenômeno El Niño, ainda no final do primeiro semestre. Este nova realidade poderá estancar a queda nos preços do trigo  gaúcho, porém, ainda é muito cedo para se ter uma definição a respeito. A análise é da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário - CEEMA*



FONTE: AGROLINK