Onda de calor. ATÉ QUANDO?
A última semana (18/09) vem sendo marcada por uma sequência de dias muito quentes no Brasil central. Praticamente áreas desde o norte do Paraná até o norte do Piauí vêm registrando temperaturas perto dos 40°C, conforme indicado pelas estações meteorológicas monitoradas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
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Em paralelo com as elevadas temperaturas, os índices de umidade vem atingindo níveis críticos, com valores abaixo dos 20%, também em uma ampla região do Brasil. Essa condição é completamente desfavorável ao início da semeadura, uma vez que a temperatura da superfície pode causar o abortamento das sementes e forçar o replantio.
O cenário é preocupante pois as projeções de médio prazo indicam um período de temperaturas muito acima da média até pelo menos o final deste mês de setembro, sobretudo nas regiões da parcela central do país.
A partir do dia 26, a condição de calor pode ser ainda maior, devido ao avanço de uma frente fria ao sul do país, que deve causar o fenômeno conhecido como “pré-frontal”.
O aquecimento no fenômeno pré-frontal ocorre à medida que a frente fria se aproxima, o ar quente é obrigado a subir – causando um efeito de “compressão” – o que libera energia na forma de calor.
Essa bolha de calor deve ser intensa sobre Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, sul de Minas, sul de Mato Grosso e sul de Goiás. Ao passo que as temperaturas entram em queda no extremo sul do Brasil, como uma consequência do avanço do ar frio.
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As operações de semeadura do milho e da soja podem ser comprometidas pelas elevadas temperaturas.
A temperatura é o principal elemento determinante da emergência das plântulas e da taxa de aparecimento de novas folhas. A temperatura do solo tem ainda grande influência sobre o ponto de crescimento, a emissão de novas folhas, o número de folhas e o tempo de emissão do pendão.
A massa de ar frio não terá força o suficiente para quebrar o padrão de bloqueio atmosférico, apesar das temperaturas entrarem em queda no Paraguai e na metade sul da Região Sudeste até o dia 29 de Setembro. Após isso, o ar frio se desloca em direção ao oceano, derrubando diminuindo as temperaturas no Rio de Janeiro, Espírito Santo, leste de Minas Gerais e sul da Bahia.
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No decorrer deste período, além das temperaturas elevadas no Cerrado Brasileiro o período será mais seco. A expectativa é de que essa frente fria ajude a organizar instabilidades a partir do dia 29, levando chuvas irregulares na região.
Essas chuvas, podem auxiliar na redução do forte calor, mas serão pouco eficazes na reposição de água e umidade no solo. Cenário que pode se normalizar apenas a partir da segunda semana de outubro.
Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Seane Lennon.*
FONTE: AGROLINK