Perspectivas agrícolas: o que a primavera nos reserva

Perspectivas agrícolas: o que a primavera nos reserva

A primavera no Hemisfério Sul começa no dia 23 de setembro, às 3h50, e termina no dia 22 de dezembro de 2023, à 0h27 (horário de Brasília). A primavera é marcada por um período de transição entre as estações seca e chuvosa no setor central do Brasil. Também é possível notar o processo de convergência de umidade vinda da Amazônia, que define a qualidade do período chuvoso nas regiões Centro-Oeste e Sudeste e em parte do centro-sul da Região Norte.  googletag.cmd.push(function() { googletag.display('agk_14000_pos_3_sidebar_mobile'); }); googletag.cmd.push(function () { googletag.display('agk_14000_pos_4_conteudo_desktop'); }); A primavera desempenha um papel fundamental na agricultura, pois marca o início de um período crucial para o crescimento e desenvolvimento das culturas. Com o retorno das condições climáticas mais amenas e o aumento da luz solar, as plantações entram em uma fase de crescimento acelerado, o que é particularmente importante para culturas de grãos e hortaliças. Além disso, a primavera também influencia a floração de diversas plantas, como frutíferas e cafezais, afetando diretamente a produção agrícola. Portanto, compreender como as características específicas da primavera se relacionam com cada cultura e região é essencial para os agricultores planejarem suas atividades e garantirem colheitas bem-sucedidas.  Veja o impacto da estação por região MATOPIBA A região conhecida como MATOPIBA, que abrange partes dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, apresenta variações significativas na quantidade de chuva durante os eventos de El Niño e La Niña, de acordo com um estudo que analisou o clima no período de 2000 a 2012. Por exemplo, em Correntina, foi observada uma forte influência desses dois fenômenos, resultando em precipitações abaixo da média durante esses eventos. No entanto, em municípios como Barreiras, Balsas, Araguaína e Bom Jesus, a variabilidade nas chuvas foi menos acentuada nos anos em que esses fenômenos ocorreram. googletag.cmd.push(function() { googletag.display('agk_14000_pos_4_conteudo_mobile'); }); Cerrado O Cerrado, que se estende por estados como Mato Grosso, também registra diferenças na quantidade de chuva durante os períodos de El Niño. Por exemplo, durante o verão de 1985, houve um aumento de 26% acima da média sazonal climatológica em estados como Maranhão, Piauí e Tocantins. Por outro lado, em 1990, ocorreu uma diminuição de 2,5% abaixo da média no estado de Mato Grosso. Os eventos La Niña tiveram um impacto positivo no padrão anual de chuvas na região, enquanto o El Niño teve um efeito negativo. Sudeste No Sudeste, especialmente em áreas como Sete Lagoas e Lavras, o El Niño demonstrou influenciar as épocas de plantio e desenvolvimento da soja. Nos anos em que esse fenômeno ocorreu, plantar soja em 1º de outubro mostrou-se mais benéfico para a produtividade da cultura. No entanto, o impacto do fenômeno climático na produtividade da soja pode variar de acordo com as condições específicas. googletag.cmd.push(function() { googletag.display('agk_14000_pos_5_sidebar_mobile'); }); googletag.cmd.push(function () { googletag.display('agk_14000_pos_6_conteudo_desktop'); }); Sul No Sul do Brasil, o El Niño resulta em excesso de chuvas, beneficiando culturas de verão como soja e milho devido à disponibilidade de água. No entanto, é importante que os agricultores considerem fatores como o surgimento de doenças fúngicas, o acamamento das plantas e a adequada adubação. Por outro lado, durante os anos de La Niña, há uma tendência de estiagem, o que favorece a cultura do trigo devido à menor precipitação. Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com colaboração e revisão de Aline Merladete.



FONTE: AGROLINK