Safra de trigo é comprometida pelo excesso de chuvas

Safra de trigo é comprometida pelo excesso de chuvas

Conforme dados recentes do Boletim semanal da Conab, a produção de trigo nos principais estados produtores do Brasil está enfrentando um cenário desafiador devido a variações climáticas significativas. O excesso de chuvas, especialmente em estados proeminentes como o Rio Grande do Sul e o Paraná, está impactando não apenas o processo de floração e enchimento de grãos, mas também resultando em um aumento na incidência de doenças devido à alta umidade do solo e problemas de polinização causados por precipitações intensas. googletag.cmd.push(function() { googletag.display('agk_14000_pos_3_sidebar_mobile'); }); googletag.cmd.push(function () { googletag.display('agk_14000_pos_4_conteudo_desktop'); }); Segundo metereologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues, no Rio Grande do Sul, onde a colheita está iniciando (representando apenas 1% das áreas), as condições climáticas desfavoráveis estão promovendo a incidência de doenças, tornando o controle mais difícil devido à alta umidade do solo. Enquanto isso, no Paraná, que já colheu mais da metade de suas lavouras, as altas temperaturas durante o ciclo produtivo estão causando problemas como perfilhamento reduzido, presença de doenças e dificuldades na polinização, devido às fortes chuvas na fase inicial de florescimento. Clique aqui e acesse AGROTEMPO. Por outro lado, em São Paulo, onde 50% da área semeada já foi colhida, a falta de chuvas levou ao surgimento de pragas e doenças, resultando em classificações tipo 2 e tipo 3 para o cereal colhido, abaixo do esperado. Santa Catarina, por sua vez, apresenta um panorama mais positivo, com um bom desenvolvimento das lavouras e 28% das áreas em fases de desenvolvimento vegetativo, com as mais avançadas sendo colhidas. No entanto, a previsão de chuvas extremas para a próxima semana preocupa. googletag.cmd.push(function() { googletag.display('agk_14000_pos_4_conteudo_mobile'); }); Por outro lado, estados como Bahia e Minas Gerais observam cenários mais otimistas. Na Bahia, a colheita em andamento apresenta ótima qualidade e produtividade. Em Minas Gerais, a colheita está próxima da conclusão, destacando-se as lavouras predominantemente irrigadas, que apresentam boa qualidade. Em Goiás e Mato Grosso do Sul, a colheita já foi concluída, encerrando com sucesso os ciclos nestes estados. Mais: Desaquecimento na demanda de trigo: como os moinhos serão impactados? O cenário climático variável continua a desafiar os agricultores em todo o Brasil, e a atenção constante às condições climáticas é crucial para tomar decisões informadas na gestão das lavouras de trigo. googletag.cmd.push(function() { googletag.display('agk_14000_pos_5_sidebar_mobile'); }); googletag.cmd.push(function () { googletag.display('agk_14000_pos_6_conteudo_desktop'); }); Considerando todos os 8 estados monitorados pela Conab , pelo menos 35% da safra de trigo foi colhida até o dia 01 de outubro, aumento de 6% em relação ao último monitoramento e 12,6% em relação ao mesmo período da safra passada.  Para estados como Goiás e Mato Grosso do Sul, os quais apresentam a colheita finalizada ou em estágios finais (100% e 100% respectivamente, conforme dados de 1º de outubro), contrastam-se com os índices da semana anterior de 85% e 98% respectivamente.  Minas Gerais evidencia um avanço expressivo, saltando de 93% na semana anterior para 98,5% em 1º de outubro. O progresso de 5,5 pontos percentuais pode ser indicativo de uma mobilização efetiva em estratégias de colheita.  O Paraná, também avança, mas de uma maneira mais contida, de 48% para 60%, demonstrando que, apesar do progresso, as adversidades climáticas podem estar retardando o ímpeto da colheita. Por outro lado, Bahia apresentou uma expressiva evolução na colheita com 90% das operações concluídas, um salto significativo frente aos 80% da semana anterior. Já o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo estão em etapas diversas do ciclo de colheita, com 1%, 3% e 50% respectivamente, o que sugere que os impactos climáticos ou outros fatores estão influenciando atrasos ou retardando a evolução da colheita.

Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Aline Merladete As informações foram obtidas no boletim de Progresso de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)

FONTE: AGROLINK