Satélite detecta efeito das chuvas nas lavouras
O cenário atual das lavouras de trigo nos principais estados produtores do Brasil está sendo afetado por diversos fatores climáticos, segundo dados divulgados pelo Boletim de Monitoramento Agrícola da Conab.
A análise do Índice de Vegetação obtido por satélite revelou o baixo vigor das lavouras, sobretudo nas regiões Centro-Sul Paranaense, Oeste Catarinense e Noroeste do Rio Grande do Sul. As variações são resultado do excesso de chuvas, que tem impactado o vigor vegetativo das culturas na safra em curso. O excesso de precipitações não apenas diminuiu a vitalidade das lavouras, como também levou a uma antecipação do ciclo de maturação e colheita em relação às safras passadas.
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Gabriel Rodrigues, meteorologista do Portal Agrolink, ressalta que, o quadro hídrico também contribuiu para uma maior incidência de doenças e redução da área foliar, culminando em um aumento de regiões com índices de vegetação mais baixos. Esse fenômeno se mostra ainda mais presente no Noroeste do Rio Grande do Sul, região que já sofre com o impacto das chuvas desde o início de setembro.
Ainda conforme Gabriel Rodrigues, o setor mais afetado pelas condições de chuvas extremas é a Região Sul,isso quando consideramos todo continente sul-americano. As áreas do norte gaúcho, todo o Estado Catarinense, Paraná e São Paulo estão com registros acima da média histórica. Veja a ilustração abaixo
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Mapa de chuva acumulada e Anomalia (diferença entre a média histórica e o registro atual) para o mês de Outubro.
Fonte: Agrotempo.
Apesar deste quadro na maioria das lavouras, o índice de vegetação demonstrou um desenvolvimento satisfatório durante boa parte do ciclo, especialmente quando comparado com safras anteriores e a média histórica.
Nas regiões monitoradas, as lavouras mostraram um bom estabelecimento inicial, apesar de temperaturas acima da média registradas. O IV da safra atual se manteve acima ou próximo ao da safra anterior e da média histórica desde o estágio de emergência até o início do estágio reprodutivo.
Porém, uma queda expressiva nos índices foi observada a partir de meados de setembro. Essa diminuição está associada à antecipação do ciclo de cultivo e ao alto volume de chuvas, que reduziram a disponibilidade de luz solar e aumentaram a incidência de doenças fúngicas.
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Esses fatores têm afetado negativamente o potencial produtivo das lavouras, com maior gravidade no Noroeste do Rio Grande do Sul e no Centro-Sul do Paraná.
A análise foi feita por Gabriel Rodrigues, meteorologista do Portal Agrolink, com base nos dados do Boletim de Monitoramento Verão-Inverno-Outubro 2023 da Conab.
A revisão é de Aline Merladete.
FONTE: AGROLINK