Expoagro 2017: Em painel sobre uso territorial, Saito fala sobre realidade de MS
Um encontro para debater a análise do território sul-mato-grossense. Assim foi o painel sobre atribuição, ocupação e uso das terras no Brasil, realizado na última terça-feira (16), durante a Expoagro 2017 – Exposição Agropecuária de Dourados. Durante o encontro, o presidente do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Mauricio Saito, falou sobre o cenário de Mato Grosso do Sul.
Saito, que foi debatedor do painel, destacou a importância do conhecimento territorial para o crescimento do Agro. “Todas às vezes que pensamos em mapeamento, uso e ocupação de solos temos uma infinidade possibilidades”, citou o presidente da Federação falando sobre a expansão tecnológica no setor.
O dirigente salientou o trabalho do projeto capitaneado pelo Sistema Famasul, que é o Siga – Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio, desenvolvido pela Aprosoja/MS, em parceria com o Governo do Estado, desde 2009. “Este importante projeto realiza o diagnóstico de uso de ocupação de solo, por imagens de satélites e acompanhamento in loco, levantamento informações que possibilitam introdução de políticas públicas”.
Segundo Saito, o diagnóstico é fundamental para levarmos desenvolvimento, pensando em produtividade no setor agropecuário. O Chefe Geral da Embrapa Monitoramento por Satélite (Campinas/SP), painelista do evento, Evaristo Eduardo de Miranda, salientou a importância do uso inteligente da terra, mostrando a relação nacional com outros países. “Se cadastraram no CAR 4 milhões de agricultores, totalizando 400 mil hectares”,
Em sua palestra, Miranda citou que a preservação da vegetação brasileira pelo CAR é de 19%, percentual que supera o que é preservado, em forma nativa, em outras categorias, como, por exemplo, pelas unidades de conservação, nas terras indígenas ou em terras devolutivas e não cadastradas.
O assessor especial da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar, Fernando Lamas também foi debatedor do painel e, do mesmo modo que Mauricio Saito, falou da importância da parceria entre o setor público e privado para o desenvolvimento do setor.
As duas lideranças falaram sobre o programa Terra Boa. “A finalidade principal é recuperar e manter a capacidade produtiva de áreas com pastagens degradadas ou em estágio de degradação, além benefícios sociais, como a geração de emprego, e ambientais ao contribuir especialmente com a redução da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera”, afirmou Lamas.
O moderador do painel foi o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agropecuária Oeste, Auro Akio Otsubo.
FONTE: AGROLINK