Particularidades do cultivo protegido da videira são esclarecidas em Dia de Campo em São Marcos
A Emater/RS-Ascar e a Secretaria Municipal da Agricultura de São Marcos, com apoio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e da Cooperativa Agrícola Mista Rio Branco, promoveram um Dia de Campo sobre Cultivo Protegido da Videira, na tarde da última sexta-feira (11/08). Cerca de 50 agricultores participaram da atividade, realizada na propriedade de Dirceu Mascarello, na Linha Santana, município de São Marcos.
Um dos temas abordados pelo pesquisador da Embrapa, Henrique Pessoa dos Santos, foi o manejo e carência dos agroquímicos. Ele alertou que a carência prescrita não é válida para o cultivo protegido, devendo ser o período multiplicado, no mínimo, por três. Como o plástico protege da chuva e dos raios ultravioleta, que são os dois principais fatores responsáveis pela degradação dos agroquímicos que se encontram sobre as plantas, esse período precisa ser ampliado.
Outra questão tratada pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Valfredo Reali, foi o manejo de filme plástico. Reali explicou sobre os tipos de plástico, a sua durabilidade, a perda de transparência com o tempo e a necessidade e a prática de lavagem do plástico com o uso de sabão neutro e um pedaço de sombrite.
E o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Enio Ângelo Todeschini, falou sobre o manejo da copa da videira. De acordo com ele, o cultivo protegido difere grandemente do cultivo tradicional, de forma que todas as práticas e tratos culturais têm uma forma diferenciada de serem executados. Todeschini cita como exemplo a poda seca e, principalmente, a poda verde, no quesito desponte. "Se for fazer o desponte sem conhecimento, é melhor não efetivá-lo, pois se realizado de maneira inadequada pode afetar seriamente a produção", alertou.
FONTE: AGROLINK