Rede de permacultura cresce no estado de São Paulo

Rede de permacultura cresce no estado de São Paulo

Pensando na retomada de práticas ancestrais de plantio, preservação e aproveitamento de espaços com recursos naturais disponíveis, está sendo desenvolvido, em São Paulo (SP), o movimento Permaperifa. A atividade está em uma crescente no estado e é uma opção para quem quer praticar o cultivo de alimentos livres de agrotóxicos e com um contato maior com a natureza.

Atividades como o Permaperifa são inspirações para a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), que, por meio de políticas públicas, fomenta esse tipo de iniciativa. Um dos eixos do Plano Safra 2017/2020, por exemplo, apoia práticas de agricultura urbana e periurbana. Saiba sobre o Plano Safra aqui.  A agricultura nos centros urbanos cria oportunidades para a troca de experiências direcionadas ao plantio de alimentos sem uso de agrotóxico. O movimento Permaperifa está, justamente, dentro dos bairros paulistas. Organizado pela rede #PermaPerifa – um grupo que mobiliza cerca de 200 pessoas – o projeto tem como objetivo visitar comunidades da periferia para promover mutirões de atividades em várias frentes: manutenção de cisterna; instalação de bomba manual; manejo da horta agroecológica; construção de banheiro seco.

A rede surgiu em 2015, a partir da união de três coletivos periféricos de educação ambiental. Atualmente, tem aproximadamente 20 voluntários. Cada grupo tem o objetivo de levar alimentação orgânica aos bairros. As reuniões são de dois em dois meses, somando, ao todo, 12 eventos. Antes de cada encontro, os grupos fazem uma visita para saber qual a necessidade do local que será atendido. “O Permaperifa é formado por jovens que se responsabilizaram pelos seus bairros, pensando no futuro e nas próximas gerações. Temos a consciência de que somos agentes da mudança. Na periferia, a ecologia não é para resolver só a questão ambiental, mas, também, o social. A horta comunitária, por exemplo, é um espaço de lazer, com um toque terapêutico, que ainda produz alimentos saudáveis”, descreve Lucas Ciola, de 32 anos, educador ambiental e membro da Permaperifa.

O projeto paulista recebe o apoio de movimentos voltados para a agricultura como o Muda SP, que também trabalha em prol de uma mudança de comportamento, como a busca permanente do fim do uso do agrotóxico. “São encontros em que a rede busca articular e fortalecer iniciativas de permacultura nos territórios populares. O objetivo é somar esforços para suprir todas as necessidades da comunidade”, explica a integrante do Muda SP, Susana Prizendt, de 43 anos. Mais agricultura Em São Paulo, também são desenvolvidas agriculturas do tipo ativistas/comunitárias e comercial. Voltada para a produção de hortaliças, a ativista é feita por pessoas ligadas ao setor de agroecologia. O movimento apoia os agricultores profissionais e ocupa espaços públicos da cidade com hortas. O plantio busca conexão com a natureza, educação ambiental, nutricional, fortalecimento comunitário e, inclusive, fortalecimento do movimento agroecológico.

Outra vertente é a de comercialização, que acontece em hortas urbanas na região de São Mateus, zona Leste de São Paulo. O movimento é voltado para geração de trabalho e renda para a população. Iniciado nos anos 1940, foi inserido embaixo dos linhões de transmissão da Eletropaulo AES e adutoras da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).  

FONTE: AGROLINK