Expedição Safra vai a Rússia e Israel acompanhar produção de trigo e irrigação de precisão
Projeto técnico-jornalístico vai conferir ainda a demanda por proteína animal brasileira no leste-europeu na última etapa da edição 2016-17
A Expedição Safra 2016-17 volta à estrada esta semana para conferir produção, demanda e uso de tecnologias agrícolas em Israel e na Rússia. As visitas internacionais fazem parte dos roteiros extraordinários, que têm como foco debater mercado e relações de consumo no agronegócio mundial. Desde o início da temporada, o projeto técnico-jornalístico já percorreu 12 estados brasileiros e as principais regiões produtoras de grãos do Paraguai, Argentina, Uruguai e Estados Unidos.
“Como grande produtor de grãos e proteína animal do mercado global, o Brasil precisa entender o lado da demanda, dos principais consumidores e de potenciais compradores. E buscar novas tecnologias para continuar ganhando produtividade também é importante”, explica o gerente do Núcleo de Agronegócio Gazeta do Povo e coordenador da Expedição Safra, Giovani Ferreira.
Em Israel, país que se auto-intitula a nação das startups, a equipe confere o desenvolvimento de novas soluções para o agronegócio, como o uso de tecnologia agrícola de precisão para fertirrigação. A técnica, que permite a aplicação simultânea de água e fertilizantes, é bastante indicada para regiões de clima árido e semiárido.
Na Rússia, a produção de trigo é o principal assunto em pauta. O país tem potencial para colher até 77,5 milhões de toneladas do cereal em 2017 (aumento de 49% nas últimas cinco safras) e inundar o mercado externo com 31,5 milhões de toneladas (+ 69% no período), de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o USDA. Se a projeção se concretizar, a Rússia vai consolidar a liderança mundial na exportação de trigo e mexer com a organização do mercado global.
“O Brasil é altamente dependente do trigo internacional porque produz 6 milhões de toneladas ao ano e consome mais de 12 milhões de toneladas. O cereal russo ainda não chega ao mercado brasileiro, mas o país pode se tornar fornecedor”, avalia Ferreira. A Expedição Safra investiga ainda o potencial da Rússia como consumidor de proteína animal brasileira, principalmente de carne suína e de frango.
FONTE: AGROLINK
